domingo, 14 de novembro de 2021
Bom domingo e bons filmes
quarta-feira, 10 de novembro de 2021
Capas Mint Editions
A editora californiana West Margin Press, sob o selo Mint Editions, possui quase todos os romances de E. M. Forster em seu catálogo - a única exceção é Maurice. As capas seguem um padrão original, sofisticado e simples ao mesmo tempo.
Sustentável, o selo Mint Editions imprime conforme demanda, pois como é informado em seu site eles não produzem "livros em excesso para ficar em uma prateleira sem ninguém ler". As obras estão disponíveis em brochura, capa dura e e-book.
segunda-feira, 8 de novembro de 2021
Ópera Where Angels Fear to Tread
Está disponível no Youtube, na íntegra, a ópera Where Angels Fear to Tread. O espetáculo foi apresentado pela primeira vez em 25 de fevereiro de 1999 no Peabody Opera Theater, da Universidade Johns Hopkins, na cidade de Baltimore, Maryland.
Em três atos, a ópera foi composta por Mark Lanz Weiser, com libreto de Roger Brunyate. A direção musical e a regência da Peabody Concert Orchestra ficaram a cargo de Robert Sirota.
Taylor Armstrong - Philip Herriton;Anne Jennifer Nash - Caroline Abbott;Susan Minsagrave - Harriet Herriton;Toni Amanda Stefano - Lilia Herriton;Arturo Chacón - Gino Carella.
sábado, 6 de novembro de 2021
Forster retorna a Charleston
Charleston, a antiga casa e estúdio dos pintores Vanessa Bell e Duncan Grant, em East Sussex, foi visitada por E. M. Forster algumas vezes para almoços, jantares, conversas e reuniões do Memoir Club. Agora, em 2021, o escritor simbolicamente retorna à bucólica propriedade através de uma emblemática obra em exposição.
A pintura a óleo de 73 x 60 cm é uma das treze obras de arte emprestadas de coleções particulares, que incluem ainda um nu de corpo inteiro assinado por Duncan Grant, um retrato de Vanessa Bell feito pelo artista em seu quarto, além de uma seleção de naturezas-mortas de Bell e Grant.
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
O Ômnibus Celeste... (2019)
Termina hoje a nossa série de posts com fotos e informações sobre os livros de E. M. Forster publicados em português brasileiro. O Ômnibus Celeste e Outros Contos, o mais recente deles, deixou de ser inédito em nosso país em 2019, quando saiu pela Class/Bestiário com tradução de Vinícius Casanova Ritter. O lançamento oficial ocorreu em 08 de junho de 2019, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Adquiri a edição na Amazon cerca de um ano depois, no final de junho de 2020, por R$ 41,35 (frete incluso).
É o primeiro livro de contos de Forster traduzido para o português brasileiro. São seis histórias curtas: A estrada vindo de Colono (The Road from Colonus), O amigo do vigário (The Curate's Friend), O ômnibus celeste (The Celestial Omnibus), O outro lado da cerca (The Other Side of the Hedge), Outro reino (Other Kingdom) e A história de um pânico (The Story of a Panic).
Enquanto a capa é ilustrada pela obra The Omnibus Company Trace-Horse (1888), de Toulouse Lautrec, a penúltima página, após um resumo biográfico do escritor, reproduz um retrato de Forster pintado por Dora Carrington em 1920.
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Solid Ivory, por James Ivory
“Este não é um livro de filme. Estas são apenas memórias de todos os tipos de coisas que não têm nada a ver com filmes".
As irreverentes e brilhantes memórias do lendário cineasta James Ivory.Em Solid Ivory, um mosaico cuidadosamente elaborado de memórias, retratos e reflexões, o cineasta vencedor do Oscar James Ivory, parceiro da lendária Merchant Ivory Productions e diretor de A Room with a View, Howards End, Maurice e The Remains of the Day, conta histórias de sua notável vida e carreira como um dos diretores mais influentes de seu tempo. Às vezes, ele toca em seus casos amorosos, olhando para trás com serenidade e com uma franqueza inesperada.Desde o primeiro encontro com seu colaborador e parceiro de vida, Ismail Merchant, no Consulado da Índia em Nova York até a conquista de um Oscar aos 89 anos por Call Me by Your Name; desde ver seu primeiro filme aos cinco anos em Klamath Falls, Oregon, às memórias de Satyajit Ray, Jean Renoir, a crítica de cinema da revista The New Yorker Pauline Kael (sua inimiga de longa data), Vanessa Redgrave, J. D. Salinger, George Cukor, Kenneth Clark, Bruce Chatwin, Ruth Prawer Jhabvala e Merchant, Ivory escreve com fluência invariável, sagacidade e percepção sobre o que o tornou quem ele é e como ele fez os filmes pelos quais ele é conhecido e amado.Solid Ivory, editado por Peter Cameron, é um retrato totalmente vitorioso de uma vida extraordinária contada por um contador de histórias incomparável.
"Jim é tão eloquente e elegante com as palavras quanto com a câmera; aqui está quase uma série de contos de sua vida, instantâneos vívidos, contados com um olhar exigente. Cada frase é preenchida com sua cadência irônica, guiada por sua apreciação das coisas belas, divertidas e incomuns. Fazemos o tour de sua vida, que tem um elenco tão fascinante e se passa em locais tão distantes e exóticos quanto seus filmes - exceto com muito mais sexo. Jim está agora em sua nona década, e acredito que seu elixir secreto é uma delícia para a vida - leia e beba!". (Helena Bonham Carter)
domingo, 31 de outubro de 2021
Entrevista com James Ivory
"Os filmes Merchant Ivory tiveram um sucesso fenomenal, especialmente a partir dos anos 1980 com as adaptações de E. M. Forster, ganhando sete Oscars entre eles; O próprio Ivory foi indicado três vezes antes de vencer em 2018. [...]E, no entanto, permanece um certo desprezo em torno dos filmes de Merchant Ivory, uma atitude de que eles são 'apenas' dramas de época. Pergunto a Ivory se ele sente que não recebe o respeito que outro diretor de sucesso semelhante teria. 'Um pouco. Sim. Irritava-me muito quando os críticos de cinema ingleses reduziam [os filmes] aos interiores, à cultura. Quando Maurice foi lançado, não havia um único crítico inglês que o elogiasse de todo o coração, embora todos fossem gays. É chocante relembrar'".
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Inspiração para um pânico
O grupo de personagens e o cenário, inevitavelmente, me remeteram a A Room with a View, porém o conto foi concebido anos antes do romance. Foi em 1902, durante a primeira viagem do escritor com sua mãe à Itália. Em 24 de maio, eles chegaram a Ravello, uma antiga cidade medieval na costa Amalfitana, onde se hospedaram no Villa Palumbo.
No dia seguinte, durante passeio em um vale chamado Vallone Fontana Caroso, E. M. Forster teve uma espécie de epifania literária, uma revelação.
"Acho que foi em maio de 1902 que dei um passeio perto de Ravello. Sentei-me em um vale, alguns quilômetros acima da cidade, e de repente o primeiro capítulo da história veio à minha mente como se tivesse esperado por mim ali. Recebi-o como entidade e escrevi assim que voltei ao hotel. Mas parecia inacabado e alguns dias depois acrescentei um pouco mais até ficar três vezes mais longo." (Trecho da Introdução de Collected Short Stories, 1947).
"Apesar de sua crueza, continua sendo uma de suas histórias mais memoráveis, expressando sua sensação de estar finalmente sob o sol e possuir sua própria alma. É, de certa forma, uma história sobre o ato da criação. Eustace, liberado por Pan, é capaz, como algum demiurgo, de recriar as estrelas, o sol e a lua com sua própria consciência; pode-se pensar que isso simboliza a compreensão de Forster de que, como artista, ele podia depender de seus próprios recursos e não precisava laboriosamente 'inventar o realismo'. A história também o mostra refletindo sobre sua própria criação. Depois de seu encontro com Pan, Eustace se comporta 'como um menino de verdade' pela primeira vez, e esta é a maneira de Forster dizer: 'Deixe-me desenvolver à minha maneira e serei tão saudável quanto você quiser.'
Ele tinha, de fato, recebido uma revelação. Algo havia mudado em sua alma, e as energias que ele tinha apenas vislumbrado em si mesmo estavam agora em sua posse. Apesar de toda a mansidão de sua existência exterior, ele foi capaz, imaginativamente, de responder à 'grandeza' da vida. Quando seus amigos leram seus primeiros livros, o que os surpreendeu foi o vigor e grandeza. Eles esperavam que um livro dele fosse como eles imaginavam o próprio Forster: charmoso, solteirão, um pouco ineficaz; e até agora ele não tivera razão para pensar que estavam errados. Claro que ele sabia que tinha dons: um bom humor fantasioso, um olho para o comportamento humano e também a capacidade de generalizar a partir da experiência. Mas não estava claro que fossem importantes. Até agora ele não se sentiu 'importante'. Agora ele o fez, tendo confiado na imaginação. A Itália, que ele demorou a amar, finalmente fez uma grande coisa por ele. Dissera-lhe que era possível viver na imaginação; e ele sabia agora com certeza que era um escritor."
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Maurice em francês
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
A Máquina Parou (2018)
Em 19 de novembro de 2018, The Machine Stops chegou ao mercado editorial brasileiro em formato de livro pela primeira vez. A publicação da editora Iluminuras e Itaú Cultural integra a coleção Os Livros do Observatório e tem tradução de Teixeira Coelho.
Demorei um pouco para adquirir esta edição, que chegou à minha coleção em junho de 2020. A compra foi feita na Amazon, pelo ótimo preço de R$25,20 (frete grátis). É uma edição caprichada, com elegante projeto gráfico de Eder Cardoso/Iluminuras e capa de Michaella Pivetti. Junto à primeira orelha há um um marcador de páginas destacável.
Além de ser o responsável pela tradução, Teixeira Coelho também assina o texto de apresentação e o ensaio/posfácio intitulado Paisagem com Risco Existencial. Em 37 páginas, Coelho "extrai as consequências atuais da situação imaginada por Forster e do aumento do risco existencial que acompanha os benefícios advindos do crescimento exponencial da tecnologia da computação", conforme diz o texto da segunda orelha.