Nossa série de posts se aproxima do fim. Nesta penúltima publicação, os trechos são da Parte VIII - Padrão e Ritmo. A tradução é de Maria Helena Martins (editora Globo, 1998).
"Aqui está o ponto onde o aspecto chamado padrão se acha em contato mais íntimo com a sua substância; aqui está nosso ponto de partida. Ele nasce principalmente do enredo, acompanha-o como a luz nas nuvens e permanece visível depois de sua partida. A beleza algumas vezes é a forma do livro, o livro como um todo, a unidade, e nosso exame seria mais fácil se fosse sempre assim. Mas, às vezes, não é. Quando não é, chama-lo-ei de ritmo." (pág. 138)
"[...] o romance não é capaz de tanto desenvolvimento artístico quanto o drama: sua humanidade ou a rudeza de seu material impedem-no (usem a expressão que preferirem). Para a maioria dos leitores de ficção, a sensação de um padrão não é suficientemente intensa para justificar os sacrifícios com que foi obtido e seu veredito é 'Está bem feito, mas não valeu a pena.'" (pág. 148)
"Duvido que o ritmo possa ser atingido por escritores que planejam livros antecipadamente. Deve depender de um impulso local, quando o intervalo certo é atingido. Mas o efeito pode ser primoroso, pode ser obtido sem mutilar as personagens e diminui nossa necessidade de uma forma exterior." (pág. 151)
Confira também: Lendo Aspectos do Romance - Parte I;
Lendo Aspectos do Romance - Parte VII.
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