"Em 27 de maio de 1970, fomos a Cambridge para buscá-lo pela última vez. Ele não tinha conseguido se levantar da mesa no Hall e foi conduzido para seus aposentos. Com ajuda, ele foi capaz de se levantar e fazer cerâmica em seu quarto, mas um ou dois dias depois, desmaiou e rastejou para a porta para obter ajuda. Ele nunca mais caminhou, mas sua mente estava perfeitamente clara e ele estava alegre. O jovem artista residente Mark Lancaster ajudou Robert a carregá-lo pela escada 'A' até o carro e conseguimos carregá-lo para a cama em Coventry, rindo e brincando. Normalmente, quando doente, ele tinha uma cama no andar de baixo, mas ele pediu para ser levado para o quarto.No dia 30, nossos queridos amigos Audrey e Eric Fletcher chegaram inesperadamente e ficaram para jantar. Se tornou uma festa alegre e nós levamos nosso café para seu quarto.
Essa foi a última vez que ele se alimentou. Na manhã seguinte, estava mais fraco e isso progrediu a cada dia.
No domingo, 07 de junho, ele morreu às 2h40. Suas cinzas estão misturadas com as de Robert em um canteiro de rosas no crematório com vista para a Warwick University.
Assim terminou uma longa vida que tanto enriqueceu a minha." (Some Reminiscences, por May Buckingham, em E. M. Forster: A Human Exploration - Centenary Essays, editado por G. K. Das e John Beer, 1979).
Por causa do trabalho de Robert, tivemos que nos mudar para Coventry em 1952, o que perturbou muito a mim e Morgan. Ele nunca gostou do cidade, mas eu sim. Não era tão conveniente para ele chegar. A viagem de trem crosscountry de Cambridge é desconfortável e difícil. Ainda não existe uma sala de concertos e àquela altura o único teatro nunca apresentava peças.
Ele nos visitava com frequência e com o passar do tempo teve que ficar períodos bastante longos quando algumas alterações estruturais estavam sendo feitas no King's e seus aposentos corriam o risco de desabar.[...] Quando em Coventry, ele insistia em que saíssemos para uma caminhada todos os dias, tal como tinha sido seu hábito durante toda a vida. Apenas o frio o impedia, mas como não podíamos ir muito longe, isso significava passar todos os dias pelas mesmas ruas suburbanas monótonas. (Some Reminiscences, por May Buckingham, em E. M. Forster: A Human Exploration - Centenary Essays, editado por G. K. Das e John Beer, 1979).
E. M. FORSTER / ROMANCISTA / 1879-1970
Esteve aqui algumas vezes na casa de seus amigos Robert e May Buckingham, e morreu aqui em 07 de junho de 1970. Erigida para marcar o 100º aniversário de seu nascimento.
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