Forster & Cambridge Queer

Estudantes navegam pelo rio Cam, no King's College, Universidade de Cambridge. | Foto: Michael Foley/Alamy.

Os leitores e leitoras do blog devem se lembrar de Diarmuid Hester, escritor e historiador que está escrevendo Nothing Ever Just Disappears, livro que vai trazer E. M. Forster numa abordagem interconectada de personalidades e espaços queer, com lançamento previsto para 2023. 

Neste mesmo contexto, Hester publicou o artigo On the trail of Cambridge's rich and radical queer past (Na trilha do passado queer rico e radical de Cambridge) no site do jornal The Guardian. O escritor fala sobre sua experiência como um jovem queer em Cambridge e as descobertas que fez por lá. Tais vivências o estimularam a criar uma trilha de áudio gratuita da memorável cidade universitária. Ele a intitulou A Great Recorded History, em referência à observação de Forster de que o passado queer é “uma grande história não registrada”. Para Hester, a máxima de Forster “only connect” é a chave: A Great Recorded History conecta os ouvintes a histórias e espaços daqueles que não correspondem ao padrão cis-heteronormativo.

E. M. Forster é a primeira pessoa em quem a maioria das pessoas pensa quando pensa na Cambridge queer. O nome do romancista ficará para sempre associado ao King's College, a próxima parada na trilha. Forster agora é considerado uma espécie de avô gay, mas ele não publicou nenhum trabalho explicitamente homoerótico em sua vida. Quando seu romance Maurice foi lançado após sua morte em 1971, foi celebrado em toda parte pelos leitores encorajados pela libertação gay. A história de amor gay pioneira de Forster se desenrola no cenário de exuberantes parques e canais lânguidos da cidade.

O ótimo artigo de Hester é uma das publicações do The Guardian que marcam o início do Mês da História LGBTQIA+ no Reino Unido.

Para fazer o download de A Great Recorded History: Queer Cambridge Audio Trail, clique aqui. Um mapa para acompanhar a trilha de áudio também está disponível.