Há exatos 50 anos, a obra póstuma mais conhecida de E. M. Forster chegava aos olhos do público leitor. Maurice foi publicado em 07 de outubro de 1971, na Inglaterra, pela editora Edward Arnold. "Publishable, but worth it?” (Publicável, mas vale a pena?), diz a nota encontrada no manuscrito do romance. A decisão do escritor de não publicar a obra em vida ainda gera alguma controvérsia.
108 anos depois de Maurice ter sido iniciado e 50 anos após ter sido publicado, ainda estamos tão distantes do ideal de sociedade quando se trata do respeito a pessoas LGBTQIA+ que, concordemos, não é difícil se colocar no lugar do autor e imaginar os motivos de sua decisão. Sim, a homossexualidade deixou de ser considerada crime na Inglaterra três anos da morte de Forster, mas tal decisão histórica e ridiculamente tardia não extinguiu de forma instantânea a discriminação, o medo e o trauma.
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| A primeira edição inglesa, publicada em 1971. |
Maurice foi a minha primeira leitura forsteriana e continua sendo o meu livro favorito do escritor. Meu plano original era iniciar hoje uma série de posts sobre a obra, nos moldes das publicações que tenho feito sobre livros de Forster não publicados no Brasil. Isso, porém, ainda não será possível. Sem estipular data, apenas garanto que esse material em algum momento chegará ao blog.
A informação sobre a data de publicação do romance foi verificada em pelo menos duas fontes: os livros An E. M. Forster Chronology (1993), de J. H. Stape e The Cambridge Companion to E. M. Forster (2007), editado por David Bradshaw.
Um feliz dia de Maurice a todos (as).
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| A primeira edição lançada nos Estados Unidos em 1971. |
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