Anos atrás, publiquei um post intitulado E. M. Forster e os gatos, em que falava sobre a relação do escritor com dois felinos de estimação. Mas e os cães? Forster teve algum cachorro de estimação durante sua vida? Infelizmente, minha pesquisa não resultou em muita coisa, mas como qualquer curiosidade vale a pena, hoje é o momento de responder essa pergunta.
Sim, Forster teve pelo menos um cão de estimação. Na primavera de 1886, sua mãe, Lily, escreveu ao sobrinho Herbert Wichelo sobre seu pequeno filho de sete anos. Após uma referência encantadora à admiração de Forster por borboletas, ela conta sobre um certo cãozinho:
1886 (Primavera) - EMF tem aulas de escrita e aritmética sob a direção de LF [Lily Forster] enquanto as diversões da infância também o ocupam: "ele é ansioso para fazer uma coleção de borboletas, mas como ele pretende esperar até encontrá-las mortas, receio que sua coleção não vá aumentar muito. Ele diz que borboletas são tão doces que é uma pena matá-las. Morgan tem um filhote de fox terrier que é muito afeiçoado a ele. É muito cansativo e rasga tudo o que consegue pegar (LF para Herbert Whichelo, 1 de abril de 1886). [An E. M. Forster Chronology, de J. H. Stape, 1993]
Em 1886, Forster e sua mãe já estavam vivendo em Rooksnest, na cidade de Stevenage, Hertfordshire. Com campos vastos e cheios de possibilidades, era o lugar ideal para criar um cachorro e Morgan - como ele era chamado por sua mãe - deve ter passado momentos divertidos com seu animal de estimação. Na foto abaixo, Forster, por volta dos 12/13 anos de idade, está acompanhado por um cachorro deitado ao seu lado. Seria o fox terrier citado por sua mãe, que àquela altura já não era mais um filhote?
Para concluir, acrescento esta foto do escritor já adulto, em 1922, acompanhado de um outro cão. Trata-se de Soie, pug de Lady Ottoline Morell, anfitriã regular dos membros do Bloomsbury Group em Garsington Manor, sua residência em Oxfordshire.
Foto: National Portrait Gallery, Londres.
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