Uma obra de arte batizada em tributo às Cavernas de Marabar, de A Passage to India, esteve nos últimos anos no centro de uma controvérsia na capital dos Estados Unidos, Washington, D.C. Criada pela escultora Elyn Zimmerman em 1984, Marabar é composta por um longo e estreito espelho d'água flanqueado por cinco enormes pedras de granito e está instalada numa praça modernista projetada pelo arquiteto David Childs, na entrada principal da sede da National Geographic Society (NGS).
A contenda começou no verão de 2019, quando a NGS anunciou seus planos para uma grande reestruturação da praça. Diante do projeto apresentado, foi inevitável fazer uma pergunta: onde está Marabar? A instalação de Zimmerman não fazia parte da nova proposta e, aparentemente, seria demolida.
A The Cultural Landscape Foundation (TCLF) logo se articulou para alertar sobre a destruição deliberada da obra, mas com o aval do Historic Preservation Review Board (HPRB) o projeto seguiu adiante. A reação pública foi vigorosa e imediata, com o HPRB solicitando uma reavaliação do impasse.
"O título foi escolhido após a conclusão da peça. As superfícies de granito infinitamente refletivas, frente a frente, lembravam a artista da caverna imaginária cujas paredes interiores de rocha viva foram misteriosamente polidas, no romance de E. M. Forster, A Passage to India."
- The New York Times: In New Plan, National Geographic Will Move an Acclaimed Sculpture;
- The Architect's Newspaper: Resolution reached to save MARABAR at National Geographic Society headquarters;
- The Cultural Landscape Foundation (TCLF): Elyn Zimmerman Speaks Out About MARABAR, which she calls the "Seminal Work" in her Career (com carta da artista ao Historic Preservation Review Board);
- The Cultural Landscape Foundation (TCLF): TCLF Talks to Elyn Zimmerman (com imagens do processo de construção de Marabar).
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