Neste domingo, 18 de outubro, Howards End completa 110 anos de publicação. O quarto romance de E. M. Forster foi escrito entre junho de 1908 e julho de 1910 e publicado em Londres pela Edward Arnold. Desde então, os Schlegel, Wilcoxes e Basts consolidaram seus lugares no rol dos personagens mais bem construídos da história da literatura.
A primeira edição de Howards End.
"Lá estavam as ameixeiras que Helen outrora descrevera, o gramado de tênis, a sebe que ficaria magnífica com rosas bravas em junho, porém a visão agora era de negro e do mais pálido verde. No leito seco de um antigo tanque, cores mais vivas despertavam, e lírios-brancos ficavam de sentinela junto à margem, ou avançavam aos batalhões sobre o gramado. Tulipas eram uma bandeja de jóias. Não podia ver o olmo, mas um ramo da celebrada hera, pontilhada de bolinhas aveludadas, havia coberto o alpendre. Ficou perplexa com a fertilidade do solo; raramente estivera num jardim onde as flores pareciam se dar tão bem e até mesmo as ervas daninhas que arrancava preguiçosamente do alpendre eram de um verde intenso. Por que o pobre sr. Bryce fugira de toda aquela beleza? Pois já decidira que o lugar era lindo." (Capítulo XXIII, tradução de Cássio de Arantes Leite, editora Globo, 2006).
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